A cada minuto, 7 brasileiros perderam o emprego nos últimos 2 anos
Considerando o biênio 2015/16, o país deve registrar uma queda de impressionantes 2,9 milhões fechamento de vagas. Este número significa que a cada minuto, sete brasileiros perderam os seus empregos, ao longo dos últimos dois anos. De acordo com as projeções, a expectativa é que apenas em 2020, o número de pessoas com carteira assinada será o mesmo do fim de 2014.
Dois dados sobre emprego vieram a público recentemente: o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).
Segundo a PNAD, que mede a taxa de desemprego do país, este indicador subiu para 11,9% no trimestre, um alta de 0,1% em relação ao trimestre anterior deste mesmo ano. Ao considerar o mesmo trimestre de 2015, a alta foi maior ainda, já que o índice estava em 9,0% em 2015. Com isso, o número de desempregados que era 9,1 milhões em 2015, passou para 12,1 milhões em 2016.
Faltando apenas os dados de dezembro para encerrar o ano, a expectativa é que o ano feche com uma taxa média de desemprego de 11,4%, um aumento de 2,9 p.p. acima da taxa média registrada em 2014, de 8,5%. Para 2017, espera-se que a taxa média de desemprego deva alcançar 13,0%, representando o maior drama dos brasileiros na atualidade.
Em relação ao CAGED, que mede quantas vagas foram abertas e fechadas mensalmente, o país perdeu 1,47 milhão de empregos com carteira assinada nos últimos doze meses. Apenas o setor de comércio, por ser um segmento aquecido no mês de dezembro, apresentou um aumento de vagas no mês. Os demais setores sofreram uma redução. O de construção civil, intensivo em mão de obra, foi um dos que mais sofreram, com fechamento de 383 mil vagas.
Além da evidente importância na vida dos brasileiros, a taxa de desemprego é relevante pois é extremamente correlacionada com o índice de aprovação de um presidente. Quanto maior o desemprego, mais as pessoas tendem a desaprovar o mandato de um presidente. O que significa, que, mesmo com as expectativas que a economia cresça em 2017 se concretizando, o ano seguinte não será fácil.
Diante deste cenário, a importância da reforma trabalhista é indiscutível. É necessário que se diminua a rigidez das relações de trabalho para que as empresas voltem a contratar com maior vigor. E acelerar as parcerias com o setor privado em infraestrutura para retomar o crescimento, única forma de estimular o emprego.
Gesner Oliveira
Professor da EAESP-FGV e Sócio da GO Associados
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