Como sofrer menos com as despesas de início de ano
O começo do ano é marcado por uma série de despesas: IPVA, IPTU, compra de materiais e mensalidades escolares, ou mesmo dívidas que sobraram do ano anterior são algumas das principais preocupações dessa ressaca depois das Festas.
Para pagar estas despesas, o ideal é que as pessoas tenham reservado uma fração de seu 13⁰ salário. Porém, o mundo não é perfeito. Muito menos nossas finanças pessoais, sobretudo em meio à maior crise da história brasileira.
Para aqueles que não conseguiram poupar dinheiro neste período de festas, e se há alguma reserva financeira em caderneta de poupança ou outro investimento que renda pouco, recomenda-se utilizá-la. Mas esta não é uma regra geral.
Muitas vezes é preferível pagar à vista, com desconto, como é o caso do IPVA. O desconto oferecido é de 3% no caso de pagamento à vista. A outra opção é parcelar em até três vezes. Dado que o desconto é maior que a rentabilidade no período da maioria dos investimentos, neste caso o pagamento à vista é uma boa opção.
No caso do IPTU, na maioria dos municípios brasileiros é possível parcelar o pagamento do IPTU em até dez vezes; porém, é necessário verificar o valor do desconto. No Município de São Paulo, este valor é de 4%.
Fazendo uma simulação de um IPTU de R$ 1.500, considerando que o morador investiria esse valor em títulos de renda fixa do governo (rendimento de proximamente 13,75% ao ano da taxa SELIC), o benefício de pagar à vista não supera o rendimento que o usuário teria investindo esse valor. Valeria a pena, portanto, parcelar. Mas cuidado, não perca a data dos pagamentos da parcela, pois há juros e multa. Não adianta ser bom de conta e desorganizado.
A última coisa que deve ser feita é se endividar ainda mais com créditos suicidas. Exemplo: cheque especial ou rotativo do cartão de crédito. Se necessário, caso o orçamento não esteja fechando, busque um crédito pessoal, que possui taxas mais baixas de juros. E não deixe de renegociar dívidas.
Além dos tradicionais impostos IPVA e IPTU, o contribuinte deve se lembrar do seguro do automóvel, do material e das mensalidades escolares que, além de também serem despesas deste período, iniciam o ano com reajustes.
No caso de seguro de automóvel e, principalmente, do material escolar os preços podem variar bastante. Segundo o Procon, a diferença para um mesmo produto pode ultrapassar 400%. Neste caso, a internet facilita as comparações. Há aplicativos com essa função de comparar preços em diferentes estabelecimentos.
Ficam, assim, algumas dicas e muitos desejos de um excelente 2017!
Gesner Oliveira
Professor da EAESP-FGV e Sócio da GO Associados
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