Morte de Teori não compromete recuperação
A tragédia que levou a morte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, não chega a ter forte impacto no mercado.
O relativo atraso da Lava Jato pode abrir uma janela parcial para os avanços nas reformas no Congresso, sem novas turbulências políticas, pelo menos no curtíssimo prazo. Mais importante, a provável melhora da economia a partir do segundo trimestre também concorre para tornar menos difícil a aprovação da reforma da Previdência.
Este espaço adicional para a agenda reformista não deverá representar retrocesso na Lava Jato. Após especulações, o anúncio do presidente Michel Temer de que a indicação do novo ministro só ocorrerá após a definição da relatoria da Lava Jato foi hábil ao indicar o compromisso do Planalto de não ingerência no processo.
No entanto, há divergências entre os ministros da Corte. De um lado, alguns defendem a remessa dos processos a um dos integrantes da Segunda Turma da Corte, da qual Teori fazia parte. Nesse caso, a relatoria ficaria com Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli ou Celso de Mello. Outros alegam que, como há processos relacionados à Lava Jato sob exame no plenário, a distribuição deveria ser feita entre todos os magistrados do Supremo.
Enquanto a presidente do STF, Cármen Lúcia, não se manifesta, a probabilidade de homologação das delações até o fim do período de recesso, é remota.
O desempenho da economia em 2017 deverá ser melhor do que em 2016. A recente decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de cortar a taxa de juros básica (Selic) em 0,75 ponto percentual e de manter um afrouxamento na política monetária criou um clima mais favorável sobre a possível retomada da atividade.
O boletim Focus mostra uma nova queda na inflação, com as expectativas de mercado em 4,71% para 2017 versus 4,80% na semana anterior. A projeção para o crescimento do PIB de 2017, embora modesta (0,50%), tem se mantido estável nas últimas quatro semanas.
Assim, criou-se um espaço de tempo para que o ritmo da economia gere os resultados tão esperados no mundo político.
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