Não houve surpresa na decisão do Copom
A decisão de hoje do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa primária de juros, a chamada Selic, de 13% para 12,25% ao ano, com uma redução de 0,75 ponto percentual, não surpreendeu o mercado. A expectativa da maioria dos analistas era a de que seria mantido o ritmo de redução, como de fato ocorreu.
Uma queda além do esperado no IPCA-15, índice de inflação divulgado hoje pelo IBGE, poderia constituir um fato novo que levasse a uma redução mais acentuada dos juros. O IPCA-15 confirmou a tendência de desaceleração da inflação, mas o resultado foi um pouco superior àquilo que o mercado esperava. Segundo o indicador, a inflação cresceu 0,54%, acima da mediana das expectativas do mercado, de 0,49%. Mesmo assim, trata-se da menor taxa para o mês de fevereiro desde 2012.
O comunicado do Copom não deixou claro se haverá ou não uma aceleração na queda da taxa de juros, mas permite concluir que este é um tema de discussão entre os membros daquele Conselho. O argumento foi de que uma aceleração do ritmo de queda depende da retomada econômica; de fatores de risco, em especial o cenário externo; e das projeções e expectativas para a inflação. A próxima reunião está marcada para os dias 11 e 12 de abril.
O modelo utilizado pelo Banco Central para determinar a taxa de juros é relativamente complexo e abrangente. Porém, nem toda a modelagem econométrica dispensa o bom senso e a intuição na hora de calibrar a taxa de juros. Na atual fase da economia brasileira, a recuperação da atividade e consequentemente dos milhões de empregos perdidos na crise dependerão, em grande medida, da verdadeira arte que é fazer política monetária.
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