Por que não acabar com o recesso parlamentar?
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou parecer recomendando a rejeição da denúncia contra o Presidente Temer por 40 votos a 25. A votação em Plenário ficou marcada para 2 de agosto.
A data escolhida e a demora no processo se deve ao recesso parlamentar que se inicia dia 18 de julho, terça feira. Pareceria razoável não adiar uma decisão importante como esta. Mas preferiu-se respeitar o período de recesso parlamentar.
A decisão é reveladora da falta de consciência da classe política sobre a gravidade da crise. Diante de um quadro político tão difícil como o atual, a última coisa que se deseja é prolongar o período de incerteza. Embora o Brasil esteja voltando a crescer, falta a parte mais difícil: recuperar o investimento.
Está certo que os indicadores econômicos de curto prazo têm melhorado a despeito de toda confusão política. Mas o investimento produtivo não retoma sem um mínimo de horizonte.
Assim, quanto mais se prolonga o período de análise da denúncia contra o presidente Temer, pioram as expectativas. E a disposição de investir no longo prazo diminui.
Mesmo fazendo todo o dever de casa do ajuste – isto é, continuando as reformas e especialmente a da Previdência – o déficit nas contas públicas só será eliminado em 2021! Isso mostra a gravidade da situação. Não é hora de tirar férias.
O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) divulgado pelo Banco Central, apresentou recuo de 0,51% em maio relativamente a abril. O fraco desempenho é reforçado pelas vendas no varejo que apresentaram queda de 0,1% em maio.
Enquanto os parlamentares gozam férias, muitas decisões de consumo e investimento são adiadas. Por que não suspender o recesso diante de uma situação tão dramática com 14 milhões de desempregados? Aliás, por que não usar melhor os escassos recursos da sociedade e terminar com o recesso parlamentar?
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