Brasil pode se preparar para a volta dos IPOs
Depois de alguns anos com o mercado retraído, ocorreu nesta semana a maior oferta pública inicial (initial public offer) desde 2013, com o IPO do Carrefour na Bolsa de São Paulo. Os lotes de ações foram avaliados em R$ 5 bilhões de reais (cada ação foi precificada em R$ 15 reais) e a companhia foi estimada em R$ 29 bilhões, um valor 67% superior ao seu principal concorrente, o Grupo Pão de Açúcar.
Uma das principais finalidades da Bolsa de Valores é proporcionar um ambiente para que as companhias levantem recursos para expansão das suas atividades e financiem novos investimentos, sem recorrer às instituições financeiras. De modo geral, as empresas vendem fatias (ações) de seu capital social a investidores anônimos, que se tornam sócios da operação e recebem dividendos se a companhia for lucrativa.
E o modo para realização desse tipo de operação é feita através de uma abertura de capital em Bolsa de Valores ou Oferta Pública Inicial (Initial Public Offer, em inglês). O chamado IPO ocorre quando a companhia lança ações no mercado, que podem ser adquiridas por qualquer pessoa. O investidor se torna sócio do negócio assim que compra uma participação na empresa. E a empresa tem acesso a um crédito mais barato do que se fosse recorrer aos bancos.
Para lançar ações em uma Bolsa de Valores, a empresa tem que preencher alguns pré-requisitos, como registros na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e na Bolsa, além de alguns trâmites legais, como balanços financeiros e auditorias. O procedimento de um IPO ainda pode ser considerado burocrático no Brasil.
A vantagem do IPO é tornar a a empresa mais transparente e regulada, com boas práticas de gestão e governança corporativa. As informações financeiras da companhia se tornam públicas, e é obrigatório ter um departamento de relações com os investidores.
Antes da crise de 2008, o Brasil viveu seu momento de ouro para as aberturas de capital. Em 2007, 64 empresas realizaram um IPO na Bolsa de São Paulo e começaram a ter suas ações negociadas publicamente, demonstrando o otimismo com a economia naquela época, quando o país era a bola da vez entre os mercados emergentes.
A partir de agora, espera-se que a economia se recupere e as empresas voltem a utilizar desse expediente para financiar suas atividades e fique novamente atrativo se tornar sócio de empresas promissoras. Os investidores podem voltar às compras.
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