“Fica Temer” pode ser um caminho para a nova economia
A vitória de Temer no Congresso com o arquivamento da denúncia formulada pelo Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, representa um reforço à recuperação da economia e do emprego.
Perdeu-se muito tempo, produção e emprego com uma denúncia mal formulada e com nítida motivação política. Será um relançamento da agenda de reformas e preparação para uma retomada mais consistente da economia? Não chega a tanto, mas dá para fazer muita coisa até as eleições de 2018.
O fato da denúncia ter sido rejeitada por 263 deputados, constitui resultado suficiente para retomar a discussão das reformas.
O melhor legado que este governo poderia deixar, seria o reestabelecimento de um mínimo de racionalidade na política econômica. Isso serviria de base para um processo de reformas da estrutura tributária, mercado de crédito, financiamento para infraestrutura, entre outros temas fundamentais.
A reforma da previdência tem uma importância especial uma vez que diminui o rombo nas contas públicas e corrige desigualdades. Ao contrário do que argumentam as corporações, as distorções do regime previdenciário brasileiro oneram os mais pobres que pagam um déficit previdenciário crescente, beneficiando faixas de renda mais altas.
A reforma trabalhista, por sua vez, foi aprovada, mas no Brasil editar uma lei é apenas o primeiro passo. Será preciso introduzir uma nova cultura nas relações do trabalho voltadas para a negociação e para o aumento da produtividade que é o motor do crescimento.
A sociedade brasileira se encontra diante da opção do velho corporativismo arraigado nas instituições econômicas do país e uma nova cultura empreendedora. A agenda reformista, que pelas mais variadas razões, o governo Temer acabou abraçando, pode curiosamente representar um caminho para a nova economia.
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