Indústria se recupera, mas serão 4 anos para voltar ao nível pré-crise
A indústria brasileira cresceu 5,3% em relação a outubro do ano passado. É a sexta alta seguida na mesma base de comparação. Uma sequência tão boa não acontecia desde 2010. Apesar do resultado positivo que confirma a recuperação da economia em curso, a produção brasileira ainda permanece no nível do início de 2005. Um retrocesso de 12 anos.
Apesar da sequência recente de altas, a indústria está 17,2% abaixo do ponto mais alto da série, atingido em junho de 2013. Enquanto o país vivia a euforia da Copa de 2014 (pelo menos até o 7×1) e as Olimpíadas em 2016, a indústria nacional descia ladeira a baixo. De dezembro de 2013 a novembro de 2016 foram nada menos do que 33 meses de queda até novembro de 2016.
Mas a recuperação da indústria parece ter chegado de forma disseminada. Dos 25 ramos industriais, 21 apresentaram alta. A maior contribuição no período foi o setor de veículos automotores, reboques e carrocerias, que subiu 27,4%. Seguido por equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (22%) e pelo setor de móveis (17,8%).
Parte da alta da indústria está associada à volta dos investimentos. Os números recém divulgados do Produto Interno Bruto (PIB) mostram que os investimentos tiveram uma alta de 1,6%. Foi a primeira alta após 15 trimestres seguidos de queda.
Para 2018 as perspectivas são boas para a indústria. A retomada dos investimentos, o aumento do consumo e um cenário de juros básicos (a chamada taxa SELIC) entre 7% e 8% em 2018 reforçam a recuperação. Supondo crescimento anual de 4,5% a partir do ano que vem, a indústria só recupera seu nível de produção pré-crise, porém, em 2021, no meio do mandato do próximo governo. Distante, mas pelo menos é uma luz no fim do túnel. No entanto, se não avançar nas reformas, será a volta da escuridão.
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