Oportunidades para aliviar seu bolso em 2018

A não ser que o leitor seja um dos 17 sortudos que levaram cerca de R$ 18 milhões na Mega da Virada, o sucesso financeiro em 2018 e nos próximos anos dependerá de muito trabalho e planejamento. E convenhamos, um pouco de sorte também. Mas para atingir seus objetivos neste ano, será importante estar atento a algumas oportunidades, especialmente de redução de despesas.

O sucesso financeiro quase nunca decorre de uma única grande tacada. Não adianta colocar suas economias em bitcoin e torcer por uma valorização de mais de 1300%, como ocorreu em 2017. Ficar milionário apostando todas suas fichas em ativos (ou moedas) de risco é quase como tentar a sorte na loteria!

A fórmula mágica para ter muito dinheiro no bolso pode ser resumida em duas palavras: planejamento e disciplina. A sugestão é começar com um levantamento da sua situação patrimonial e de orçamento de despesas e receitas. Sempre há desperdícios e outros gastos que podem ser cortados. Só com as contas organizadas é que faz sentido traçarmos metas, projetarmos as receitas e estudar as oportunidades.

Neste ano, alguns pontos vão merecer atenção de quem quer aliviar seu bolso. Uma novidade é a tarifa branca nas contas de energia elétrica. A nova tarifa é uma opção dada pela Aneel, a partir de 1º de janeiro deste ano, para quem possui uma média anual de consumo mensal superior a 500 kW/h.

A ideia é dar a opção ao consumidor de pagar tarifas diferentes de acordo com a hora do dia e do dia da semana. Isso faz todo sentido ao estimular o consumo fora do horário de pico, descongestionando o sistema. O consumidor que puder mudar seus hábitos e usar energia fora do período entre 18hs e 23hs pagará a tarifa branca, mais baixa do que a convencional.

No tocante aos alimentos, dificilmente teremos mais um ano de deflação. 2017 contou com uma safra agrícola recorde que fez os preços dos alimentos recuarem cerca de 5%. Isso foi importante para a melhora na renda real das famílias, dado que alimentos em domicílio respondem por quase um quinto do orçamento doméstico utilizado no cálculo do IPCA. Neste ano, no entanto, a expectativa é de uma safra 5,6% menor, o que não preocupa, mas pode deixar o prato do brasileiro mais salgado relativamente a 2017.

Por sua vez, o leitor irá sentir no bolso a variação dos preços dos combustíveis em função da nova política da Petrobras. No primeiro anúncio do ano, houve queda de 0,10% no preço da gasolina nas refinarias e aumento de 0,60% no do diesel. Mas os preços poderão oscilar muito, dado que desde o dia 30 de junho de 2017 a empresa avalia diariamente as condições do mercado internacional para anunciar seus preços.

A renegociação de aluguel continua sendo uma oportunidade. O Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), a chamada "inflação de aluguel", recuou 0,52% no ano passado. Foi a maior queda desde 2009. Para o leitor que é inquilino, uma conversa franca com o locador comparando os preços de imóveis similares pode render alguma economia neste início do ano.

A renegociação de pacotes de telefonia e internet, por exemplo, pode ser interessante porque há sempre novas ofertas. É bem verdade que as negociações de contrato nem sempre são fáceis, mas com um pouco de paciência é possível economizar algum dinheiro.

Para muita gente as festas de final de ano mal acabaram e em breve diversas contas vão bater na porta de casa: Imposto de renda, IPTU, IPVA, além de matrícula e material escolar para quem estuda ou tem filhos. Se não ganhou na Mega da Virada, é bom se planejar!