Economia e reformas demoram a decolar
A agenda de reformas, como a da previdência e privatização da Eletrobras, está atrasada e a recuperação aquém da velocidade esperada.
O mercado financeiro reduziu novamente a estimativa para o crescimento da economia neste ano. Segundo a última pesquisa Focus do Banco Central, a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, registrou a segunda queda consecutiva, passando de 2,70% para 2,51%,.
A proposta de reforma não parece boa de voto por enquanto. No cenário mais provável, sem Lula e Temer, a pesquisa CNT/MDA revelou que os candidatos alinhados com tais reformas têm apenas 10,2% dos votos. Em linguagem de corrida de cavalo, nenhum deles paga placê (na disputa de um páreo, colocação final de um cavalo em primeiro ou segundo lugar).
A mesma pesquisa mostra como a eleição ainda está em aberto: a soma de brancos, nulos e indecisos chega a 45% neste mesmo cenário.
Em meio à incerteza, quem deseja realizar um investimento se pergunta para onde vai a política econômica. A cinco meses da eleição, ainda não se pode afirmar com clareza o que esperar da economia a partir de 2019.
Os candidatos com maior chance de vitória ainda não parecem claramente comprometidos com as reformas e ajuste das contas públicas. Isso leva as empresas a adiar novos empreendimentos e, o que é pior, novas contratações de mão de obra. Se os consumidores sentem que a recuperação ainda não pegou com toda força adiam suas decisões de consumo. De que adianta uma bela oferta, se não têm certeza se a prestação caberá no seu orçamento daqui a um ano?
Verifica-se um círculo vicioso da anti-reforma. Como a recuperação da economia não arranca com força, os defensores das reformas não avançam nas pesquisas eleitorais. Diante do fantasma da volta do populismo a partir de 2019, o investimento e o emprego não crescem de forma significativa, enfraquecendo a recuperação e gerando um ambiente de desapontamento com as reformas e seus proponentes.
Então, como romper este círculo vicioso e acelerar a recuperação? Difícil avaliar a capacidade de reação da economia. Impossível contar com grande atenção do público agora que a lista dos 23 convocados do Tite está na rua.
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