Substituição de Pedro Parente sinalizará rumo da política econômica
O pedido de demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras afetou imediatamente as expectativas. A incerteza e apreensão geradas refletiram no valor das ações que caíram vertiginosamente desde o anúncio da saída de Parente.
Parente estava no comando da companhia desde 1º de junho de 2016 e enfrentou com sucesso uma das maiores crises que a companhia já enfrentou.
Sob o comando de Parente, a Petrobras voltou a operar com lucro positivo, após quatro anos no vermelho. No primeiro trimestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 6,961 bilhões, o melhor resultado dos últimos cinco anos. Já a dívida líquida da petrolífera encerrou o primeiro trimestre em R$ 270,7 bilhões, após ter chegado a R$ 391 bilhões no final de 2015.
Parente teve êxito em reduzir o endividamento e recuperar o caixa da empresa. Em 2017, destacando-se em três aspectos fundamentais: a gestão da dívida, a melhora da governança e a chamada "política de desinvestimentos", que permitiu a entrada de caixa de US$ 6,4 bilhões para a empresa em 2017, as agências de classificação de risco Moody's e Standard&Poor's elevaram a nota da Petrobras. Pegou um time na zona de rebaixamento e entregou no G-4 do campeonato.
Com a saída de Pedro Parente, resta saber se o próximo presidente da Petrobras terá como prioridade continuar o processo de recuperação da empresa ou atender às demandas do governo do momento. Satisfazer a ambos, como se sabe, quase nunca é possível. A chance de uma recuperação do valor das ações da empresa, bem como da política econômica, depende desta decisão.
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