Emprego aumenta, desemprego cai lentamente
O emprego está aumentando, segundo dados do Ministério do Trabalho. Foi o segundo melhor outubro nos últimos cinco anos, de acordo com o Cadastro geral de empregados e desempregados (Caged).
O resultado mensal positivo foi puxado pelo setor de comércio, que criou 34.133 empregos, seguido pelo de serviços, que acumulou 28.759 novos empregos, e a indústria de transformação, com contratação de 7.048 novos trabalhadores.
No período de janeiro a outubro, foram criados 790 mil novos postos de trabalho.
A economia está em recuperação, e as projeções apontam para um ano melhor em 2019, comparado a 2018. Um crescimento sustentado e mais vigoroso da economia, porém, dependerá de reformas e do cenário externo.
Chamam atenção nos dados de outubro os primeiros efeitos da reforma da legislação trabalhista realizada em novembro de 2017.
Segundo o Ministério do Trabalho, houve 7.545 admissões ante 2.701 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente em outubro deste ano – um saldo positivo de 4.844 empregos no período. O trabalho intermitente é o que ocorre esporadicamente, em dias alternados ou por algumas horas e é remunerado por período trabalhado, podendo ser prestado para diferentes empregadores. É importante notar que aumento do emprego não significa necessariamente uma sensível queda da taxa de desemprego. Segundo o IBGE, a taxa de subutilização da força de trabalho foi de 24,2%, o equivalente a 27,3 milhões de pessoas no último trimestre disponível. A chamada taxa de desemprego está em 11,9%, afetando mais de 12 milhões de pessoas que estão ativamente procurando trabalho sem sucesso.
O problema do desemprego se torna ainda mais grave quando o período médio de sua duração sobe, afetando a capacidade de trabalho das pessoas e sua empregabilidade. É um círculo vicioso. Quanto mais tempo desempregado, menor a chance de obter uma boa oportunidade de trabalho.
Segundo o IBGE, de cada quatro desempregados, um está procurando emprego há mais de dois anos; e dois em cada cinco desempregados procuram emprego há mais de um ano.
O drama do desemprego só vai ser eliminado com a retomada do crescimento sustentável da economia, algo que depende da eliminação do rombo fiscal e do aumento do investimento.
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