Desafios de Davos e de Brasília
O encontro em Davos na Suíça para o Fórum Econômico Mundial deve acentuar o clima de otimismo que tem levado a Bolsa de Valores rumo aos 100 mil pontos antes do que muita gente imaginava.
Os sucessivos recordes da Bolsa refletem fatores externos e internos. Do ponto de vista externo, continua a expectativa positiva de avanço nas negociações comerciais entre EUA e China. Do ponto de vista interno, o provável protagonismo de Bolsonaro em Davos pode reforçar as boas expectativas.
O Brasil está virando a bola da vez na América Latina. O México está indo para o intervencionismo com um governo de centro-esquerda de Andrés Manuel Lopez Obrador; e a Argentina de Macri amarga uma recessão.
Bolsonaro será o centro das atenções do Fórum, assim como ocorreu, em outras circunstâncias, com Lula no evento em 2003 e 2010, quando chegou a ser homenageado.
É uma excelente oportunidade para passar uma mensagem liberal da economia brasileira, que há tempo estava fora do jogo. Algo que deve soar como música para os investidores internacionais.
Por sua vez, essa percepção externa fortalece o processo interno no qual o governo Bolsonaro precisa organizar sua base de apoio para aprovar a reforma da Previdência.
Os ministros Paulo Guedes e Sergio Moro serão os embaixadores do país no Fórum Econômico. O Brasil é hoje um emergente que tem o que mostrar em combate à corrupção e isso atrai investimento.
A investigação do ex-assessor de Flavio Bolsonaro, Fabricio Queiroz, é uma pedra no sapato do governo. Não compromete o otimismo, mas está anotado como ponto de preocupação de todos os analistas de Brasil.
Enquanto Bolsonaro brilha em Davos, há poucos indicadores econômicos para esta semana. A política é o que importa neste momento para a economia. Está todo mundo de olho no resultado das eleições para as presidências da Câmara e do Senado.
A onda de otimismo desconfiado só vai se transformar em reconquista do grau de investimento e em Bolsa em 120 mil pontos quando o governo, além de anunciar reformas lá nos Alpes Suíços, vencer as votações das reformas em Brasília.
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