Juros em 2017: menor da história brasileira, um dos maiores do mundo
2017 deve terminar com a taxa básica de juros em 7% ao ano, a mais baixa da história brasileira, mas ainda elevadíssima para padrões internacionais.
Isso é possível porque a inflação está bem comportada. O índice oficial de inflação do país (IPCA) apresentou alta de 0,19% no mês de agosto. O dado surpreendeu positivamente o mercado que esperava alta de 0,32%. É a 12ª queda consecutiva do indicador no acumulado em 12 meses e mostra a força com que a inflação está caindo.
A taxa Selic atingiu o menor nível em outubro de 2012, quando chegou a 7,25% ao ano e permaneceu assim até abril do ano seguinte. Porém, na época, a situação era outra. A inflação terminou em 5,91% em 2013, muito próximo do teto da meta. Além disso, havia forte controle sobre os preços administrados e grande volatilidade no preço do dólar.
Hoje, a taxa de juros está em queda sem artificialismo. O câmbio está relativamente estável, os preços administrados como a gasolina estão liberados e a queda da inflação é consistente e disseminada em toda a economia.
Com o último resultado, o IPCA atingiu a marca de 2,46% no acumulado de 12 meses, abaixo do piso da meta de 3,0%. É provável que a inflação termine 2017 próxima a 3,0%, a menor taxa da história econômica do pós-guerra.
A taxa de juros não pode ser reduzida por decreto. É necessário que haja condições para isso. Experiências passadas mostram que, cedo ou tarde, o preço do populismo chega. Mas atualmente, há um cenário favorável, uma janela de oportunidade para uma redução ainda maior.
Depois da maior crise do país, um aumento no ciclo de redução da taxa de juros será benéfico para as pessoas e para a produção. Ainda há um longo caminho a ser percorrido que passa pela pelas reformas. Mas pelo menos o país está na direção correta para se livrar da anomalia de uma das maiores taxas de juros do planeta.
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