Como se proteger em momentos de turbulência?
Com a queda da inflação e dos juros e recuperação da economia, a bolsa é uma aposta atraente. Mas diante da atual crise política, faíscas entre os poderes e incertezas com relação às eleições do ano que vem, como se proteger contra as oscilações do mercado?
Mesmo quando o assunto é investimento em ações, há alternativas interessantes na bolsa para quem está começando e quer diluir riscos. Já ouviu falar de fundos de índice?
Fundos de índice, ou em inglês (Exchange Traded Funds – EFTs), são fundos de investimentos compostos por diversas ações de uma determinada categoria de empresas. Imagine então uma cesta que contenha apenas ações de empresas pequenas, ou que possuem alto nível de governança, ou das mais negociadas na bolsa, como o próprio índice Ibovespa. Cada cota desses fundos de ETF pode ser comprada como se fosse uma ação.
Existem quatro gestoras de ETFs listados na bolsa brasileira: Banco do Brasil (BBSD), Caixa (XBOV), Itaú e Blackrock, maior gestora de recursos do mundo. Os dois últimos possuem uma diversidade maior de produtos, como fundos de small caps, dividendos e governança.
O SMAL11, por exemplo, administrado pelo Blackrock, é um fundo de índice composto por ações conhecidas como small caps, que são empresas de valor mais modesto e apresentam um número menor de negócios durante o pregão. É o contrário das chamadas blue chips, que são os papéis mais negociados em bolsa e maior valor de mercado. Fazem parte desse fundo papéis como POMO4 (Marcopolo), EZTC3 (Ezetec), ODPV3 (Odontoprev) e SMTO3 (São Martinho). Em 2017, a rentabilidade desse índice foi de 49,3%, contra 28,2% do Índice Brasil (100 ações mais negociadas na bolsa) e 27,5% do índice Ibovespa.
A aplicação em um ETF é interessante, pois dilui o risco de um investimento em apenas uma empresa. Em vez de comprar apenas ações da empresa X, é possível comprar uma cota do SMAL11 e diversificar o risco com outras pequenas empresas. Quanto mais diversificado o investimento, mais protegido você fica dos movimentos inerentes de uma empresa ou setor específico.
Além disso, o valor inicial para aplicação nesses fundos costuma ser baixo (a partir de R$ 200), mas tem uma tributação de 15% (sobre o lucro e sobre os proventos). É diferente, portanto, de um investimento direto em ações, que possui isenção de IR para dividendos e para vendas de até R$ 20.000/mês. A taxa de administração, por sua vez, é inferior a um fundo de investimentos comum.
Dessa forma, os ETFs são produtos atrativos e indicados para quem está iniciando suas aplicações na bolsa ou procurando uma diversificação de papéis. Diante da queda dos juros e da bagunça na política, é uma boa maneira de procurar maior retorno em tempos de turbulência.
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