Taxa Selic caiu para 7,5%, mas juro civilizado só com reformas
O Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,75 p.p. Com isso, a taxa que estava em 8,25% passou a 7,5%, nível próximo da mínima histórica de 7,25%, atingida em outubro de 2012.
É o fim de um ciclo de corte nas taxas de juros teve início em outubro de 2016, quando os juros ainda estavam em 14,25%. De lá pra cá foram mais de 6 p.p. de cortes nas taxas de juros.
Ao atingir a mínima histórica em dezembro, surge a pergunta: vem mais cortes por aí ou é o fim da queda na taxa de juros?
A inflação acumulada de 12 meses em 2,5%, o cenário externo de alta liquidez e câmbio em níveis comportados, devem fazer o comitê levar os juros para 7,0%, na última reunião do Copom em dezembro. O comunicado pós-decisão foi claro a respeito.
Seja 7,25% ou 7,0% a estabilização da Selic, ainda há um longo caminho a ser percorrido. Estamos longe de um juro civilizado. Enquanto vários países desenvolvidos têm juro real (isto é, juro descontado a inflação) abaixo de zero, no Brasil o juro real ainda é superior a 3%.
Embora positiva. a própria queda atual ainda está sob risco. Conforme o mesmo comunicado do Copom, dois fatores podem mudar o cenário de queda dos juros. Primeiro, os juros internacionais que dependem da política monetária dos EUA, sujeita aos humores de Donald Trump. Se os juros dos EUA subirem rápido, não haverá muito espaço para continuar a queda do custo do dinheiro no Brasil.
Segundo, se as reformas não prosseguirem no Brasil, ajustando a economia, não será possível baixar os juros de forma sustentada. Não será por decreto, como tentou a Dilma e muito menos no grito como promete demagogicamente o Bolsonaro que os juros cairão.
Terminado o longo, custoso e inútil processo da segunda denúncia de Janot, o país precisa começar a discutir uma agenda séria para transformar a recuperação em crescimento sustentado.
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