Só a estupidez da política pode frear a recuperação
Os dados do PIB divulgados hoje confirmam a recuperação da economia. Pelo terceiro trimestre consecutivo o PIB registrou expansão: 0,1% contra o trimestre anterior. Contra o mesmo período de 2016, o crescimento foi de 1,4%.
Indústria e serviços revelam neste momento o ritmo de atividade. A agropecuária, que cresceu muito no primeiro trimestre (12,9%), tem seu ciclo sazonal específico. Excluindo a agropecuária, que caiu 3% no terceiro trimestre, a economia apresenta ritmo anualizado de crescimento entre 2,5% e 3%, muito acima das expectativas.
Um aspecto particularmente positivo dos dados recém-divulgados é a expansão do investimento depois de 15 trimestres. A formação de capital cresceu 1,6% em relação ao segundo trimestre. Não é muito, mas é alguma coisa em um país que precisa urgentemente aumentar a taxa de investimento para crescer de forma sustentada.
O conjunto de indicadores para o quarto trimestre sugere que o PIB deve crescer mais de 1% em 2017, o dobro das expectativas dos analistas no início do ano. O que pode interromper a recuperação é evitar fazer as reformas que precisam ser feitas com medo das consequências eleitorais. Se prevalecer esta visão apequenada da política, a recuperação econômica em curso estará comprometida.
Sem a reforma da Previdência, o orçamento público continuará sendo espremido pelos benefícios distribuídos em favor de faixas de renda mais altas; e, mais perverso, financiados em maior proporção pelas camadas mais pobres, que proporcionalmente arcam com uma carga de impostos maior.
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