Como os juros mais baixos afetam o seu bolso
A taxa de juros é uma das variáveis que mais afetam a macroeconomia. Naturalmente, também repercute no dia a dia das pessoas. O cidadão é afetado nas duas pontas: na de tomador de empréstimos e na de investidor.
Como tomador de recursos, a vida continua difícil. Embora a chamada taxa básica de juros esteja na mínima histórica de 7,00%, experimente ir ao banco tomar um empréstimo. O custo do dinheiro continua muito elevado. Segundo o Banco Central, a média de juros para a pessoa física é 34% ao ano e a média da pessoa jurídica é 18% ao ano.
Como aplicador de recursos, a maciota de 1% ao mês acabou. Para ter bons rendimentos é bom fazer contas no mundo de juros mais baixos. A boa doutrina de finanças – e o bom senso – recomendam que não deve ser escolhido apenas um tipo de investimento, mas um conjunto mais amplo de ativos para diversificar o risco. Os ativos mais seguros protegem o investidor em cenários de crise e os mais arriscados aumentam a possibilidade de ganhos mais altos.
Retorno e risco andam juntos. As aplicações tradicionais entram na classe de ativos de pouco retorno, mas baixo risco. É aí que se encaixa a poupança. Pela regra atual, a poupança remunera 70% da taxa Selic mais a TR (Taxa referencial). Com a selic a 7%, a poupança deve render entre 5% e 6% ao ano.
Mas há outras alternativas tão boas quanto e um tanto desconhecida. Os CDBs de bancos (uma modalidade que o investidor empresta dinheiro aos bancos) são boas opções. Bancos de menor porte podem remunerar até 120% da Selic. Mesmo sendo uma opção de maior risco (pois o banco poderia quebrar) o Fundo Garantidor de Crédito garante a todos os investidores até R$ 250 mil investidos em uma instituição, no caso extremo de calote da instituição. O que torna esta escolha de muito baixo risco.
Os fundos de investimentos também são opções com bons retornos, mas é necessário ficar atento às letras miúdas. Fundos com altas taxas de administração podem render menos do que a própria poupança. Para aumentar a rentabilidade do portfólio não há como deixar de lado a queridinha do momento: o Bitcoin. A moeda virtual já se valorizou mais de 900% em 2017. Há aqueles que especulam ser uma bolha, há aqueles que acreditam que a moeda esteja longe do seu potencial. Para os que desejam adicionar a chance de aumentar o retorno da carteira, é uma opção alocar parte dos investimentos no Bitcoin.
Há, porém uma ressalva importante: para os que não tem conhecimentos profundo em investimentos, é importante colocar apenas uma pequena fração em ativos mais arriscados, como o Bitcoin. Como a volatilidade nesta classe de ativos é muito alta, a chance de perder grande parte do valor aumenta. Nestes casos vale a máxima das finanças: não há como ganhar mais sem correr maiores riscos. Aí vai de cada investidor saber qual o seu apetite para risco.
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