Diminuição do desemprego ainda não atende ao tempo político
O ano de 2017 foi marcado pela recuperação da economia e pela redução do número de desempregados. O desemprego no Brasil seguiu em queda e ficou em 11,8% no quarto trimestre de 2017, atingindo 12,3 milhões de pessoas, 5% a menos do que nos três meses anteriores.
Com o resultado, a taxa ficou 0,6 ponto percentual abaixo da registrada no terceiro trimestre de 2017 (12,4%) e 0,2 ponto percentual abaixo do mesmo período de 2016 (12%).
Apesar dos bons números, o aumento da população ocupada foi influenciado pelo crescimento do mercado de trabalho informal, de trabalhadores sem carteira assinada e empregados domésticos por conta própria. Além de quem trabalha sem carteira, também contribuiu para o aumento da informalidade a quantidade de trabalhadores por conta própria. No final de 2012, o trabalho por conta própria envolvia 20,61 milhões de pessoas. Em 2017, passou para 22,7 milhões – ou 25% do total de trabalhadores, de acordo com o IBGE.
Em 2017 havia 34,31 milhões de pessoas trabalhando por conta própria ou sem carteira, contra 33,3 milhões em vagas formais. Em 2016, cerca de 34 milhões trabalhavam sob o regime de CLT, contra 32,6 milhões ocupados em vagas sem carteira assinada ou como autônomos.
Embora lentamente, o mercado de trabalho está em recuperação, algo que deve ganhar força ao longo de 2018. No biênio 2015/16 foram destruídos 2,8 milhões de empregos formais. No ano que se passou, um leve resultado negativo de 20 mil vagas.
A expectativa é que o mercado de trabalho siga em recuperação ao longo de 2018, refletindo a aceleração do crescimento econômico e menores ganhos de produtividade do trabalho por parte das empresas.
Para 2018 a projeção é de geração líquida positiva de 980 mil vagas. Parece razoável comparativamente ao horror de 2015/16. Ainda é pouco para seduzir o eleitorado.
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