Copom reduziu os juros pela 11ª (e última) vez
Foi a primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) de 2018. E a última redução do ciclo recente de queda do custo do dinheiro. Pelo menos esta é a leitura possível do comunicado do Copom. A taxa básica de juros, a Selic, passou de 7% para 6,75% ao ano, alcançando o menor patamar desde a adoção do regime de metas para a inflação, em 1999. Também é a menor taxa de juros de toda a série histórica do Banco Central iniciada em 1986.
Há recados importantes no comunicado do Copom. Pela primeira vez, a recuperação foi reconhecida como consistente. E advertiu-se que embora favorável, o cenário externo também gera volatilidade como o susto com a queda generalizada das cotações das bolsas de valores na última segunda-feira. É bom estar preparado para a montanha-russa!
Em 16 meses, o Copom cortou a taxa Selic em pouco mais da metade, com redução de 7,5 pontos percentuais. A queda da inflação abriu espaço para a redução dos juros que é essencial para a continuidade da recuperação.
Então, por que interromper a queda? Só será possível reduzir os juros no longo prazo – e, consequentemente, estimular o crescimento de forma consistente – se houver a percepção de que o governo não terá de continuar se endividando cada vez mais.
Para isso a reforma da Previdência é fundamental. Em outubro a dívida bruta chegou a 74,4% do PIB, um novo recorde da série que começou em 2006. Enquanto isso, o país gasta cada vez mais com benefícios previdenciários. Daí a importância da reforma da previdência, mesmo que em versão reduzida.
O Brasil ainda se encontra no G3 do campeonato mundial de taxa de juros reais (descontada a inflação), atrás apenas de Rússia e Turquia. Sem a reforma da Previdência, o atingimento de juros civilizados continuará sendo um sonho distante.
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