Recuperação da economia prossegue, mas mercado de trabalho se arrasta
O desemprego vai demorar a cair. Os dados do IBGE divulgados hoje trouxeram poucas novidades e mantiveram o cenário de melhora gradual do mercado de trabalho. A expectativa é a de recuperação ao longo de 2018, mas em ritmo lento, mantendo a taxa de desemprego em 2 dígitos.
O índice de desemprego no Brasil atingiu 12,2% no trimestre encerrado em janeiro de 2018. Isso significa que 12,7 milhões de pessoas estão desempregadas no país. O número de desempregados ficou maior do que o registrado no trimestre encerrado em dezembro, quando a taxa foi de 11,8%, mas ficou estável em relação ao trimestre anterior, quando a taxa também foi de 12,2%.
No primeiro trimestre do ano é normal que o desemprego suba, refletindo as demissões dos temporários das festas de fim de ano. O dado de janeiro reflete isso, tanto que na comparação com janeiro do ano passado, o desemprego caiu, de 12,6% para 12,2%.
Entretanto, a recuperação econômica ainda não é forte o suficiente para compensar tal efeito sazonal. Isso porque na série com ajuste sazonal, o desemprego ficou estável, quando a expectativa era que apresentasse algum recuo.
A população ocupada registrou crescimento de 2,1% ante janeiro de 2017, e segue puxada pela geração de postos informal e por conta própria, que registraram alta de 5,6% e 4,4%, respectivamente. O emprego com carteira assinada, por sua vez, apresentou queda de 1,7% nessa base de comparação.
A confiança de serviços subiu 1,3 ponto em fevereiro relativamente a janeiro. Os sinais de recuperação dos indicadores de confiança são ainda moderados, sugerindo continuidade da tendência de recuperação gradual no ritmo de atividade. O indicador de incerteza caiu 7,1 pontos em fevereiro ante janeiro, refletindo o bom momento vivido pela economia doméstica. Por fim, a confiança da indústria da FGV superou nível neutro pela primeira vez desde setembro de 2013, sugerindo que a trajetória de crescimento gradual da confiança se mantém.
Apesar da resistência à queda da taxa de desemprego, a massa salarial tem aumentado. Uma população ocupada em crescimento com aumento da renda real tem impulsionado a recuperação da massa salarial, que subiu 3,6% no trimestre encerrado em janeiro, na comparação com mesmo período do ano anterior. Isso garante a retomada do consumo e da economia.
Mas ainda falta maior segurança das empresas na sustentabilidade deste crescimento para eliminar o atual drama do desemprego no Brasil.
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