Guerra comercial entre EUA e China tem lado bom e o ruim
A cruzada comercial de Donald Trump contra a China tem o lado bom e o ruim para países emergentes como o Brasil.
O lado bom é o Brasil ter sido excluído, por enquanto, da elevação de tarifa sobre o aço e o alumínio. Além disso, eventuais retaliações da China contra os EUA podem ajudar o Brasil. Um exemplo neste sentido é no mercado de soja no qual a China poderia substituir compras dos EUA para o Brasil.
O lado ruim é como o bate-boca que o país assistiu ao vivo nesta semana entre ministros do Supremo Tribunal Federal. A escalada do conflito desgasta a instituição. No caso da elevação das alíquotas do aço e alumínio pelos EUA, há risco da chamada escalada tarifária: sucessivos aumentos de tarifas de exportação, prejudicando a expansão do comércio internacional.
Um impacto ainda mais nocivo no médio prazo deriva da incerteza provocada pela súbita mudança de regras ao sabor das autoridades nacionais. E como se sabe, Trump não é muito previsível.
Trump também impôs restrições ao investimento chinês em empresas nos EUA, com a intenção de restringir o que chama de "roubo da propriedade intelectual americana". As críticas de Trump se dirigem especialmente ao déficit comercial dos EUA com os chineses, de US$ 375 bilhões em 2017. Como retaliação, os chineses divulgaram uma lista com 128 produtos importados dos EUA, passíveis de sobretaxa.
Assim, para o Brasil pode haver ganhos no curto prazo, mas perdas maiores no médio prazo. Isso porque a expansão do comércio mundial é fundamental para o crescimento do país. Novas oportunidades são bem vindas, mas os países emergentes são os que mais sofrem com a guerra comercial em escala planetária. Isso porque precisam de acesso aos mercados internacionais sob pena de não terem escala suficiente para competir na era da economia global.
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