Recuperação da economia segue com cenário inflacionário benéfico
A inflação oficial do país no mês de fevereiro ficou em 0,10%, a taxa mais baixa para março desde 2000. É a continuação da desaceleração que reitera o comunicado do Copom para mais uma redução na taxa de juros.
O acumulado dos últimos doze meses foi de 2,80%, ficando ligeiramente abaixo dos 2,86% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. É o menor nível desde 2007 (2,99%).
Como esperado, a divulgação mostrou que não houve pressões de preços relevantes durante o mês. O grupo alimentação e bebidas voltou a registrar deflação de 0,07, puxado pela queda de 0,29% do subgrupo alimentos no domicílio.
Outros grupos importantes, com elevado peso no indicador final também apresentaram taxas módicas, como o grupo habitação que subiu apenas 0,13%; e o grupo transportes que apresentou alta de 0,07%, beneficiado pela queda de 13,5% das passagens aéreas e a acomodação dos preços dos combustíveis.
A queda em relação ao mês anterior foi puxada pelas tarifas de telefone fixo, que sofreram redução de 0,94% em função da redução nas tarifas das ligações locais e interurbanas de fixo para móvel em vigor desde 25 de fevereiro.
A maior alta de preços foi observada no grupo de Saúde e cuidados pessoais, que avançou 0,54%. A pressão neste grupo, segundo o IBGE, partiu do reajuste em planos de saúde (1,06%).
Por outro lado, seguem pressionando esse grupo de despesas itens como combustíveis, principalmente a gasolina, que exerceu o maior impacto individual no IPCA, e o etanol. Também sofreram reajuste os valores do ônibus urbano e intermunicipais.
Se continuar dessa forma, o Copom possui espaço suficiente para seguir com sua sinalização, e reduzir a taxa Selic em mais 0,25 pontos percentuais na reunião dos dias 15 e 16 de maio, levando a taxa básica da economia para 6,25% ao ano.
Outro ponto a ser observado é a da confiança do consumidor. O indicador aumentou em 4,6 pontos em março, segundo Fundação Getulio Vargas (FGV). Cresceram tanto as avaliações sobre a situação atual quanto as expectativas em relação aos próximos meses. A recuperação gradual da situação atual contribui para que os consumidores se sintam mais confiantes para novas compras.
Os dados sugerem recuperação gradual da economia. Inflação e taxa de juros em mínimas histórias. Consumo levemente aquecido e desemprego diminuindo. A sustentação dessa melhora gradual dependerá, contudo, de eventos negativos no âmbito político ou econômico acontecerem nos próximos capítulos.
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