Política efervescente, mas economia blindada em 2018
A política continua efervescente, mas a economia está blindada no curto prazo. A temperatura em Brasília segue elevada. Em primeiro lugar, pela evolução do julgamento do habeas corpus do ex-presidente Lula, cujo desfecho deverá aumentar a tensão do debate político, independentemente do resultado.
Em segundo lugar, pela Operação Skala que investiga suposto favorecimento de pessoas ligadas ao presidente na concessão de alegados benefícios a empresas do setor portuário. Isso tudo ocorre em meio a uma reforma ministerial necessária para liberar os membros do governo para se candidatar nas eleições.
Apesar de todas estas dificuldades no plano da política, a economia continua blindada no curto prazo. Pode haver uma terceira denúncia contra o Presidente Temer ou a prisão do ex-presidente Lula; os mercados não devem reagir de forma acentuada a nenhum destes eventos. As expectativas estão voltadas para 2019 e não mais para 2018.
Por sua vez, o melhor desempenho da economia real em 2018 está praticamente dado. As condições para uma expansão de 3% do PIB neste ano estão garantidas. A inflação abaixo de 3% ao ano abre espaço para mais um corte na taxa básica de juros, a Selic.
Do ponto de vista político, Lula está fora da corrida eleitoral. A candidatura de Temer, se formalizada, dificilmente chegaria ao segundo turno.
A questão relevante para a formação das expectativas é se a atual política econômica será encampada pela administração que tomar posse em 2019. Os investidores olham para o futuro. Tremores de terra de 2018 são coisa do passado.
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