Greve dos caminhoneiros foi ducha de água fria na recuperação
Enquanto o Congresso fez a farra isentando os transportadores pelo bloqueio criminoso das estradas, os números ilustram de forma clara o dano que a greve dos caminhoneiros causou ao país.
O Banco Central divulgou hoje o índice de atividade econômica (IBC-Br), considerado uma "prévia" do resultado do Produto Interno Bruto (PIB). O indicador apresentou queda de 3,34% em maio relativamente a abril, maior redução registrada desde o início da série, há quinze anos.
O baque superou até mesmo o tombo de dezembro de 2008, auge da crise financeira internacional, quando o índice recuou 3,2%.
Antes da trombada, restava o consolo de que embora não houvesse um boom da economia, a recuperação econômica estava consistente até abril.
O choque dos caminhões afetou todos os segmentos da economia, mas os efeitos mais negativos foram sobre a confiança do consumidor e dos investidores.
O Boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, o consenso de mercado para o crescimento de 2018 recuou mais uma vez, de 1,53% para 1,5%, um número desanimador para uma economia que encolheu 3,5% em 2015, 3,5% em 2016 e cresceu apenas 1% em 2017.
Apesar de tudo, a economia deverá crescer um pouco em 2018, algo próximo a 1,5%. Isso porque muitos segmentos podem ocupar a enorme capacidade ociosa existente para atender uma demanda que expande de acordo com o aumento vegetativo. É muito pouco para um país que precisa crescer e gerar empregos para mais de um milhão de pessoas que ingressam anualmente no mercado de trabalho.
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