Mercado se anima com 1º turno, mas economia continua em compasso de espera
As expectativas econômicas ficarão menos instáveis do que estiveram até a primeira rodada das eleições, concluída no último domingo.
O clima de otimismo continuará a reinar na Bolsa e em relação ao preço do dólar. Isso porque o mercado adotou o candidato Jair Bolsonaro (PSL) como aquele que pode fazer as reformas de que o país precisa para ajustar as contas públicas.
Dois fatores alimentam esse otimismo. Primeiro, a vitória expressiva obtida no primeiro turno (46,03%, contra 29,28% de Fernando Haddad) confirmou a "onda Bolsonaro" que já vinha sendo captada nos últimos dias antes do primeiro turno.
As últimas projeções da probabilidade de vitória de Bolsonaro feitas pelos professores Sergio Wechsler e Rodrigo Faria, da Numbers Care, com exclusividade para a GO Associados, indicavam uma probabilidade de 97,3% de vitória de Bolsonaro (não de intenção de voto, como os institutos normalmente reportam).
Mais importante, a maior chance de vitória de Bolsonaro no segundo turno estabilizou-se nos últimos dias. Isso contrasta com a maior parte da campanha, durante a qual as probabilidades oscilaram fortemente, com Ciro, Bolsonaro e Haddad assumindo a liderança. A pesquisa do Datafolha que sairá amanhã provavelmente confirmará Bolsonaro como o claro favorito no segundo turno.
Segundo, um eventual governo Bolsonaro contaria com uma bancada majoritária no Congresso, capaz de aprovar, por exemplo, a reforma da Previdência. Uma vez eleito, Bolsonaro teria um período de lua de mel, durante o qual as principais medidas poderiam ser aprovadas.
É uma estreita janela de oportunidade que o presidente pode aproveitar se tiver competência, vontade política e sorte. Mas isso é longo prazo para um mercado financeiro que celebra a chance da reforma. O resultado é Bolsa em alta e dólar em baixa nas próximas semanas.
Enquanto isso, a economia real continua em compasso de espera. Os indicadores de produção e emprego recuperam-se lentamente, mas os grandes projetos de investimento aguardam as definições de 2019.
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