A inflação está baixa, mas juro só cai com reforma
A inflação é uma eterna preocupação do brasileiro, dada a história de super e hiperinflação no país. Foram décadas de destruição das mais diversas moedas.
Isso foi rompido pelo Plano Real em 1994. Mais recentemente, a aceleração inflacionária do Governo Dilma foi domada pela equipe econômica do Governo Temer.
Apesar de estar em um nível relativamente baixo para padrões brasileiros, a inflação encontra-se em um patamar ainda alto para padrões "civilizados".
Para 2018, a expectativa dos analistas e das instituições financeiras captadas pela Pesquisa Focus do Banco Central nesta semana é de 4,40%. Para 2019, de 4,22% e para 2020, de 4%, níveis compatíveis com o regime de metas inflacionárias.
Hoje saíram mais dois indicadores de preços: o IGP-DI e o IPCA, que é a medida oficial da inflação. Ambos desaceleraram em outubro.
A ata do Copom divulgada ontem pelo Banco Central apontou uma redução de riscos em relação a setembro, o que elimina a hipótese de uma eventual subida dos juros.
Contribuiu para o controle da inflação o término das eleições, que reduziram o preço do dólar e consequentemente, dos importados.
Não há espaço para mais uma queda de juros este ano, pois as projeções do IPCA estão muito próximas da meta central. Na reunião de dezembro, que será a última do Governo Temer, espera-se a manutenção da Selic em 6,5% ao ano.
A única forma de conseguir reduzir a taxa de juros é o aprofundamento das reformas.
A reunião de hoje entre o Presidente eleito Jair Bolsonaro e o Presidente Temer foi positiva. Embora haja boa vontade, é pouco provável que se vote uma grande reforma da previdência ainda neste ano. Mas isso não quer dizer que não seja importante começar agora.
Toda e qualquer providência no sentido de equilibrar o orçamento e ajustar as contas públicas será positiva. O tempo da política e o tempo da economia são diferentes. A política requer muita negociação. A economia brasileira exige ação. E o juro só cai pra valer se o rombo fiscal for eliminado.
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