12,3 milhões de brasileiros terminaram 2016 sem emprego
O número de desocupados atingiu a marca dramática de 12,3 milhões de pessoas. . Foram demitidos 6,3 brasileiros por minuto em 2016. Além disso, o rendimento médio real do brasileiro recuou 2,3% no ano, atingindo o valor de R$ 2.029,00, sem falar na redução da massa salarial real de 3,5% no ano.
Estes são os últimos números divulgados pelo IBGE. A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua apresentou alta de 11,9% para 12,0% para a taxa de desemprego, no trimestre encerrado em dezembro.
A taxa média de desemprego em 2016 ficou em 11,5%, um acréscimo de três pontos percentuais em relação a taxa média do ano passado, quando ficou em 8,5%. Em 2015 eram 9,04 milhões de desocupados, isso significa que 3,3 milhões de pessoas deixaram seus empregos. Só é considerado desempregado pelo IBGE quem está procurando uma oportunidade. Aqueles que, por algum motivo, desistiram de procurar emprego, não entram no cálculo do IBGE. Estes são considerados os "nem-nem", "não trabalham, nem procuram emprego". Ou seja, a situação pode ser ainda pior do que os números da Pnad sugerem.
A crise econômica se estende desde 2014, mas o colapso no mercado de trabalho começou a ganhar as manchetes de jornais apenas em 2016. Há uma explicação: o desemprego é o último a responder quando a queda da atividade econômica começa e, da mesma forma, é o último a reagir quando ela inicia a retomada.
A expectativa é que a taxa média de desemprego continue sua trajetória de alta até o terceiro trimestre de 2017. A melhora da atividade esperada já para este primeiro trimestre, não se manifestará no emprego, diante da defasagem de reação do mercado de trabalho. Nesse sentido, a popularidade do governo de Michel Temer fica comprometida. Já que mesmo a economia apresentando sinais de recuperação, os níveis de empregos de 2014, quando a taxa de desemprego era apenas 4,8%, serão atingidos apenas em 2020.
Dessa forma, impopular, o governo deve continuar olhando para o futuro, garantindo a agenda reformista. Com as contas públicas deterioradas, o ajuste fiscal é imprescindível, e para isto, a governabilidade proveniente do plano político é fundamental.
Um ciclo próspero e consistente de crescimento econômico só acontecerá com as reformas necessárias. No entanto, o desemprego é a fatura mais alta cobrada pela recessão econômica. Neste momento, a única saída a médio prazo para estimular o emprego é acelerar as parcerias com o setor privado em infraestrutura para a retomada do crescimento. A reforma trabalhista proposta pelo governo também ajudaria muito.
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