Novos sinais de retomada e novas denúncias. Agora vai?
Quando terminará a fase de vacas magras na economia? O Banco Central divulgou um indicador da produção mensal com alta de 0,28% em abril, comparativamente a março. É pouco, mas é um começo.
Os consumidores e empresários foram pegos de surpresa pelo acordo de delação da JBS e a confusão na política. A economia tem tudo para se recuperar mas persistem dúvidas e incertezas.
A enxurrada de notícias no campo político jogou um balde de água fria nas empresas e famílias que tinham decisões de gasto. Mas o mundo econômico parece resistir. A produção industrial avançou 0,6% em abril ante março, melhor mês desde 2013. As vendas do comércio varejista cresceram 1% em abril, melhor resultado para este mês em mais de 10 anos.
Serviços, como transporte, também cresceram 1%. Por último, o Comitê de Política Monetária que decide sobre o custo do dinheiro, reduziram a taxa de juros.
A economia saiu da UTI, mas ainda está internada. O maior desafio é manter a frágil recuperação em clima político tão conturbado. Nas próximas semanas a dúvida é o estrago potencial que novas denúncias podem trazer.
É positivo que a Lava Jato tenha representado um marco na vida política do país. Seu efeito de médio e longo prazo pode ser muito positivo para o país.
Mas, até para garantir tais ganhos, é necessário rigor na investigação. A denúncia amplamente anunciada do Procurador Geral da República contra o Presidente Temer pode provocar ruído. Nenhuma investigação deve ser inibida. Porém, para não arriscar todo o legado já conquistado pela Lava Jato, as autoridades devem conduzir o processo com fatos, denúncias e provas e não somente especulações e boatos.
Para que a economia volte a crescer de forma consistente, é necessário mais rigor e menos espetáculo nas investigações e respeito ao direito de resposta. Delação premiada é uma ferramenta útil, mas delação está longe de constituir verdade absoluta. Os 14 milhões de desempregados que aspiram uma vaga no mercado de trabalho agradecem.
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