Decisão do Copom deverá deixar caderneta de poupança ainda menos atraente
A aplicação em caderneta de poupança deve ficar menos atraente com a provável queda nesta semana, de mais um ponto da taxa básica de juros, a chamada Selic.
O rendimento da poupança nos últimos 12 meses (até agosto) ficou em 8,81%, seu melhor desempenho desde 2006. Descontada a inflação do período, o ganho real foi de 5,4%. Ou seja, ainda perde no acumulado do ano para investimentos como a renda fixa e a bolsa de valores (20,7% até agosto).
A redução dos juros a 8,25% ao ano fará com que o rendimento da aplicação atinja apenas 70% desse valor. Esta é a regra da poupança: quando a Selic cai abaixo de 8,5%, a poupança passa a remunerar 70% da Selic mais a TR (Taxa Referencial). Como na reunião do Copom desta semana, a Selic deve cair para 8,25%, a poupança terá uma rentabilidade anual em torno de 5,77% mais a TR.
Portanto, como aplicação financeira, a poupança não é o produto com melhor rentabilidade. Mesmo assim continua popular e ainda não tem incidência de imposto de renda, possuindo liquidez imediata. No tocante ao risco, as garantias da caderneta são relativas à instituição na qual o depósito foi feito. O FGC (Fundo Garantidor de Crédito) garante a recuperação dos recursos até R$ 250.000 reais, em caso de falência da instituição bancária. Em contraste, quando você compra um título público, as garantias são do governo federal.
Em economia o cobertor é sempre curto. Só é possível maior retorno com mais risco. Em uma conjuntura de redução de juros, o investidor terá que correr um pouco mais de risco se quiser obter melhores rendimentos. A caderneta de poupança não faz parte dessa estratégia.
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