Recado do Copom abre brecha para reforçar o consumo
Todo mundo quer saber como vai ficar o custo do dinheiro. A ata do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada hoje deixa uma brecha para nova redução na taxa de juros em março, quando o Copom se reúne novamente.
Em bom copomês (a língua complicada do Copom), foi dado o recado de que, caso a conjuntura evolua favoravelmente, daria para promover novo corte na taxa de juros.
A inflação tem evoluído melhor do que o esperado. Isso é ilustrado por vários indicadores, como o IPCA de janeiro ou o índice geral de preços o IGP-10, divulgado hoje.
O indicador da FGV apresentou alta de apenas 0,23% no mês de fevereiro, abaixo da expectativa do mercado, de 0,32%. E se mantém em deflação de 0,42% no acumulado dos últimos 12 meses. Tanto os produtos agrícolas, como industriais no atacado contribuíram para o resultado favorável do mês, sugerindo que os preços devem se manter bem-comportados para os consumidores no varejo.
A continuidade na redução dos juros será importante para reforçar a recuperação. Juros menores barateiam o crédito e incentivam a produção e o consumo. Ao reduzir a Selic, o Copom busca baratear o acesso ao crédito, incentivar a produção industrial e alavancar o consumo das famílias.
Após dois anos, o comércio voltou a crescer e fechou 2017 em alta de 2%. Uma continuidade na queda dos juros contribuiria para colocar combustível na recuperação. Isso é importante para melhorar a situação do desemprego que na média do ano ainda estará em dois dígitos.
Um juro menor ajuda a diminuir o desemprego. E remunera menos as aplicações financeiras. A história brasileira de juros siderais deixou muita gente mal acostumada, achando que pode descansar tranquilo enquanto seu dinheiro se multiplica pela aritmética dos juros compostos.
Em uma economia com juros mais baixos (um pouco mais baixos), será preciso buscar novas alternativas de rentabilidade. E naturalmente correr mais riscos.
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