Indústria cai em janeiro, mas recuperação continua
A maior recessão da história brasileira fez a indústria regredir 12 anos. Apesar da sequência recente de altas, a indústria está bem abaixo do ponto mais alto da série, atingido em junho de 2013.
Pelo menos a recuperação está em curso. A produção industrial no país recuou 2,4% em janeiro frente a dezembro do ano passado, mas a queda é sazonal. A produção industrial normalmente cai em janeiro. Na comparação com janeiro do ano passado, a indústria brasileira registrou crescimento de 5,7%. É a nona taxa positiva consecutiva nesta base de comparação e a mais acentuada desde abril de 2013 (9,8%).
O setor industrial continua apresentando características de recuperação de perdas do passado, mas ainda gradualmente. A indústria está no nível de 2005, um retrocesso de 13 anos! O alívio é que 2017 foi o primeiro resultado anual positivo em quatro anos e o maior desde 2010.
A queda da inflação e os juros baixos devem favorecer a indústria brasileira neste ano ao estimularem o consumo. Em fevereiro, a confiança do setor voltou a subir, de acordo com sondagem da Fundação Getulio Vargas (FGV), em meio à alta disseminada da utilização da capacidade. A confiança da indústria teve alta em fevereiro e, pela primeira vez desde setembro de 2013, ficou acima do nível de 100 pontos, indicando crescimento.
Para 2018 as perspectivas são boas para a indústria. A retomada dos investimentos, o aumento do consumo e um cenário de juros em torno de 7% em 2018 permitem crescer. O resultado da produção industrial de 2017 confirma a recuperação em curso na economia, refletindo a melhora das exportações e a retomada do consumo interno.
Os setores de bens de consumo duráveis e bens de capital, que mais sofreram durante a crise, puxaram a indústria em 2017 e devem continuar sendo o motor em 2018. A expectativa é que neste ano, o setor cresça 5,5%. Parece muito em comparação com o passado recente, mas ainda é pouco para quem quer ir atrás do prejuízo.
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