Bolsa chega aos cem mil antes do Carnaval chegar
O Ibovespa, índice de desempenho da Bolsa de Valores, deve atingir 100 mil pontos em breve, antes do que muita gente esperava.
Isso se deve ao clima de otimismo do mercado com a economia e com a possibilidade de aprovação da reforma da Previdência. O clima foi reforçado nesta semana com a decisão do Fomc, comitê de autoridade monetária dos EUA, que manteve a taxa de juros estável e emitiu comunicado afastando, por ora, uma brusca elevação da taxa de juros no país.
Internamente, o mercado está há tempos de olho nas eleições para as presidências da Câmara e do Senado no Congresso Nacional.
O governo pode querer votar reformas. Mas é o presidente da Câmara quem tem o poder de definir a pauta de proposições a serem submetidas ao plenário. Rodrigo Maia (DEM) é o franco favorito para o cargo e apoia a agenda de reformas. Tem apoio político de vários partidos, o que dá uma projeção de 300 deputados favoráveis à sua reeleição.
Da mesma forma, a aprovação do presidente do Senado é indispensável para diversas matérias, como Projetos de Lei, Propostas de Emenda Constitucional e Medidas Provisórias. E é o presidente do Senado que também define quais destas propostas serão votadas.
O mercado não tem partido ou ideologia. Olha apenas para aqueles candidatos que tornarão mais viável a aprovação das reformas. Se der Maia na Câmara e Renan Calheiros no Senado, o impacto sobre a Bolsa deverá ser neutro, uma vez que a escolha dos dois nomes já está embutida no preço das ações.
Naturalmente, pode haver variações de acordo com a folga do resultado. Uma vitória acachapante de Maia, por exemplo, aumentará o otimismo. Se a margem for estreita, prevalecerá a cautela.
Só uma zebra pode mudar o humor do mercado. No caso de uma surpresa contrária aos interesses do governo, poderá haver uma forte queda na Bolsa, embora esse seja um cenário menos provável. Se não houver surpresa, os 100 mil pontos não vão esperar o Carnaval chegar.
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