Não dependa do seu filho nem do pai Estado, faça sua aposentadoria
Muito se fala da reforma da Previdência e como ela pode afetar a vida das pessoas na velhice. Independentemente de ela ser aprovada ou não, contudo, é fundamental que as pessoas se planejem e cuidem de suas próprias finanças. A dica é não depender dos filhos nem do pai Estado. Faça sua aposentadoria.
O brasileiro não tem costume de poupar. Aqui a taxa de poupança em termos do PIB nacional é de cerca de 16%. Em outros países emergentes poupa-se mais, com taxas de 20% no México, 27% na Rússia (27%) e 30% na Índia (30%) no ano passado. Na China a taxa chega a assustar, de 45%. Isso tem efeitos no nível de investimento do país, mas também significa que o brasileiro acaba dependendo muito do Estado para se aposentar.
Pesquisa do Banco Mundial no início do ano com pessoas acima de 15 anos, aponta que apenas 3,64% dos brasileiros fez economias para a velhice. No Chile a taxa é de 12,88%, no México de 20,85% e na Malásia de 53,98%. O Brasil também é o país mais vulnerável do continente para casos de emergência: 44% dos entrevistados, que corresponde a mais de 70 milhões de pessoas, consideram impossível levantar cerca de R$ 2.500 em uma necessidade extrema. Dos que acham possível obter tal quantia, apenas 16% dizem poder recorrer às próprias economias.
À falta de poupança soma-se a melhora na qualidade e expectativa de vida da população. Hoje no Brasil a proporção da população com 60 anos ou mais é de 12,1%. Em 2050 essa parcela saltará para quase um terço do total. Não há sistema da Previdência nem filho, por mais bondoso que seja, que banque tanta gente. Mas não precisa ser assim.
Hoje, com o avanço da tecnologia e o imenso volume de informação, cada um pode fazer seu próprio planejamento e ter uma boa aposentadoria pela iniciativa privada. São inúmeras as opções, seja por ações, títulos públicos ou fundos multimercados. Naturalmente, é preciso ter disciplina e fazer um acompanhamento constante dos investimentos, mas várias plataformas facilitam esse processo, como a Easynvest e o Rico.com.
Na hora de investir, vale uma dica: primeiro livre-se das dívidas! É impossível enriquecer no longo prazo se você tem rendimentos a 1% ao mês e dívidas a 5%, 10%, como cheque especial ou cartão de crédito. É fundamental estancar essas perdas para um melhor direcionamento e aplicação dos recursos.
Vale a pena investir um tempo para aprender um pouco sobre outras opções de investimento fora a popular poupança. Para dar um exemplo, uma pessoa que coloca R$ 1.200 na poupança tira cerca de R$ 10.300 após 28 anos. O mesmo montante aplicado em um título do Tesouro Direto, também com vencimento em 2045, teria rendimento líquido de cerca de R$ 11.600. São R$ 1.300 a mais de bandeja. Quanto mais for aplicado e quanto mais a pessoa diversificar em vários investimentos e fontes de renda, melhor.
No fim das contas, o objetivo do investimento para aposentadoria é produzir uma renda passiva e um acúmulo de capital. Ninguém melhor para fazer isso do que você mesmo.
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