Ninguém mais vive sem rede social, e é difícil fazer leis que regulem isso
Lançado no Brasil em 2011, o Netflix conta hoje com mais de 7 milhões de assinantes no país. Cerca de oito em cada dez brasileiros usuários de internet estão no Facebook. Algo parecido pode ser dito acerca do Youtube que se tornou a plataforma preferida para assistir filmes e programas de TV, na frente dos canais por assinatura e TV aberta. O avanço das chamadas "novas mídias" é exponencial e irreversível. O consumidor quer mais variedade e novidade. Os reguladores que se virem.
Jogos de futebol e novela deixaram de ser, necessariamente, eventos caseiros, com hora marcada. Hoje quem quiser acompanha seu time ou sua novela preferida pelo celular, Ipad, computador, seja em casa ou na rua. Quanto mais crescem os novos aplicativos e plataformas digitais, melhor para o consumidor.
A migração da audiência para as novas mídias também é cada vez mais clara, no Brasil e no mundo. Pesquisa elaborada pela empresa de mídia Defy, fez uma pergunta curiosa a jovens americanos entre 13 e 24 anos: quais serviços de mídia você não viveria sem? O Youtube foi citado por cerca de 64% dos entrevistados, Netflix por 51%, mídias sociais como Facebook e Instagram por 48% e apenas 36% mencionaram TV a cabo e por satélite.
O futuro da comunicação aponta para consumidores cada vez mais ativos, buscando espaço para escolher, criar e até produzir seu próprio conteúdo. Cabe às agências reguladoras, que definem as normas e fiscalizam os mercados, se adaptarem aos novos tempos. Do contrário, a imposição de restrições rígidas pode causar inúmeras distorções nos mercados e inibir o processo de inovação.
Além de acompanhar a convergência tecnológica, é fundamental que haja, cada vez mais, um diálogo claro entre os diferentes reguladores. No Brasil há um enorme potencial de descoordenação entre as agências, que não raro batem cabeça. O resultado é insegurança jurídica. As inovações trazidas pelas novas mídias dependem de investimentos, que por sua vez dependem de regras claras e objetivas.
Por fim, um outro desafio é evitar tratamentos distintos para empresas que concorrem no mesmo mercado. Por exemplo, a TV por assinatura é fortemente regulada no Brasil em contraste com serviços sob demanda, como o Netflix.
Ninguém mais vive sem rede social, Youtube ou Netflix. E quem sabe em alguns anos essas plataformas já serão substituídas por outras. O importante é o consumidor sair ganhando, com melhores preços, qualidade e alternativas. O regulador é que se vire.
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