Fosso entre homens e mulheres é enorme no Brasil e no mundo
Serão necessários mais de dois séculos ou 217 anos para acabar com as diferenças entre homens e mulheres no local de trabalho. Este é um dos resultados contidos no Relatório de Desigualdade Global de Gênero 2017 elaborado pelo Fórum Econômico Mundial.
O estudo realizado anualmente desde 2006 aponta que, mantido o ritmo atual, serão precisos 100 anos para acabar com as diferenças entre homens e mulheres em escala mundial, contra os 83 anos calculados em 2016. Já as diferenças entre gêneros no local de trabalho, mantidas o ritmo atual, persistirão por mais 217 anos.
O Brasil também perdeu posições no ranking. Entre 144 países da pesquisa, o Brasil caiu para a 90ª posição, atrás da Argentina (33º), Colômbia (36º), Peru (48º), Uruguai (56º) e Chile (63º). No ano passado, o Brasil ficou no 79º lugar e na primeira edição da pesquisa, em 2006, o Brasil estava em 67º.
São quatro sub-índices: participação econômica, educação, saúde e empoderamento político. As principais disparidades estão na representatividade política. O Brasil apresenta uma baixa participação no Legislativo. Para se ter uma ideia, dos 513 deputados federais, apenas 10% são mulheres. No Senado, dos 81 parlamentares, 16% são cadeiras femininas.
Do lado positivo, o desempenho é um pouco melhor em saúde e educação do país. Dos 144 países, o Brasil ocupou a primeira posição mostrando que está entre os melhores no combate à desigualdade nestas áreas.
Não há diferença entre homens e mulheres no quesito saúde. A expectativa de vida feminina é de 68 anos, enquanto os homens vivem em média 63 anos. Outro bom indicador é o da educação. Enquanto 91,4% dos homens são alfabetizados, este índice é de 92,1% para os homens. Além disso, as mulheres também são maioria no ensino superior com 59% versus 42% dos homens. Ressalve-se apenas a baixa qualidade da educação no país que afeta igualmente brasileiros e brasileiras.
Em educação e saúde o Brasil está ao lado de países como Finlândia, Noruega e Suécia. Em relação a empoderamento político e participação econômica estamos ao lado de países como Senegal, Paraguai e Lesoto. É a desigualdade dentro da desigualdade.
O talento é um dos fatores essenciais para o crescimento econômico e competitividade. Para construir economias que sejam dinâmicas e inclusivas, deve-se garantir que todos tenham a mesma oportunidade. O Brasil ainda está longe deste objetivo.
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