Sem reforma da previdência, recuperação vira voo de galinha
A votação da reforma da Previdência ficará para o ano que vem. Dado que havia uma (pequena) chance de aprovação neste ano, a notícia afetou o mercado.
A Ata do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana. apontou para novo corte de juros, de 0,25 ponto percentual na reunião dos dias 6 e 7 de fevereiro de 2018, o que levaria a taxa básica de juros (Selic), atualmente em 7,0% ao ano, para 6,75% aa. Segundo a própria ata, os riscos para a materialização deste cenário, no entanto, residem na não aprovação da reforma da previdência e piora no ambiente externo.
Até agora, o cenário internacional segue dando suporte à melhoria interna. Há uma janela de oportunidade com oferta de capital na Asia, Europa e América do Norte, e baixas taxas de inflação.
Se o cenário externo continua contribuindo, a confirmação de que o Congresso deve deixar para iniciar a votação da reforma da previdência apenas em 2018 jogou um balde de água fria no mercado. A notícia elimina a possibilidade de uma queda maior nas taxas de juros e adiciona incertezas para 2018.
É natural que haja dúvida sobre a possibilidade de aprovação da reforma da previdência. A votação já foi adiada inúmeras vezes e o ano que vem será mais curto, com eleições e Copa do Mundo. Mais uma dúvida em um ambiente político já incerto.
Ainda assim, a recuperação em 2018 deve continuar. Um exemplo são os dados de consumo. O varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e materiais de construção deve crescer em torno de 4,0% para 2017 e 6,5% em 2018.
A janela de oportunidade da economia mundial não estará aberta indefinidamente. A resistência corporativa a eliminar as aberrações do sistema previdenciário poderá transformar uma recuperação promissora em novo voo de galinha.
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