3 a 0 contra Lula surpreende e pode iniciar ciclo virtuoso na economia
O placar do TRF-4 surpreendeu. 3 a 0 com aumento da pena foi além das previsões do mercado, resultando em recorde de alta da Bolsa e queda do dólar. Foi um reforço ao otimismo do começo do ano, refletindo a percepção de que a única candidatura antirreforma competitiva sofreu forte revés. Assim como em uma mata-mata no futebol, não será nada fácil reverter uma derrota por 3 a 0.
Durante a maior parte do pregão a estratégia dominante foi "comprar bolsa". Quase todas as ações subiram no dia. Em particular, as estatais como Petrobras (5,7%), Eletrobras (9,7%), Banco do Brasil (7,9%), que reagem bem a cada sinal de menor ingerência política por parte do governo.
Para se ter uma ideia, a média recente do volume financeiro na Bolsa é de R$ 7 bilhões. O pregão terminou próximo a R$ 16 bilhões. Petrobras com mais de R$ 2 bilhões e o Banco do Brasil com mais de R$ 1 bilhão lideraram as compras.
Lula não está morto, mas foi ferido. O PT tem até o dia 15 de agosto para registrá-lo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Feito o protocolo, ele já pode fazer campanha, antes mesmo de uma manifestação por parte da Corte sobre sua elegibilidade, cujo prazo acaba 17 de setembro. Mesmo se o registro for negado, Lula ainda pode recorrer ao STF.
Muita água vai rolar. E a Bolsa vai flutuar ao sabor da conjuntura. Mas a tendência da Bolsa é de alta, refletindo uma onda de otimismo com o Brasil. A melhora das expectativas reforça a recuperação em curso que, por sua vez, retroalimenta o ambiente favorável de negócios.
Não seria exagero supor que o resultado de hoje influencie o debate sobre a previdência. As chances de aprovação da reforma aumentam com o enfraquecimento da candidatura Lula. Isso reforça a onda de otimismo com a economia e acaba repercutindo no mundo real.
Se a produção e o emprego recuperarem mais rápido, uma candidatura de centro a favor de reformas liberalizantes pode ganhar força. Ainda é uma hipótese, mas pode se tornar o embrião de uma nova era da economia brasileira.
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