Os empregos formais estão voltando!
O Brasil criou 77,8 mil empregos com carteira assinada em janeiro, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado hoje pelo Ministério do Trabalho. Ainda falta muito para o mercado de trabalho voltar a oferecer oportunidades suficientes para absorver os mais de 12 milhões de desempregados, mas o número é animador.
Basta comparar com o passado recente. Em janeiro do ano passado houve uma perda líquida de mais de 40 mil empregos. Em janeiro de 2016 foi muito pior: quase 100 mil perdas! Na média de 2017 houve destruição de 20 mil vagas. Felizmente, o horror da recessão terminou. Os empregos com carteira assinada estão voltando. Resta saber em que ritmo.
Cinco dos oito setores da atividade econômica apresentaram criação de empregos no mês. Chama atenção a indústria que registrou criação líquida de 49,5 mil em janeiro deste ano. Serviços, agropecuária, utilidades públicas e construção civil também geraram novas vagas.
Note que até mesmo a construção civil começou a empregar. Este foi o segmento que mais sofreu com a recessão e agora dá sinais de vida. O comércio foi destaque negativo com a perda de 48,8 mil vagas no mês. Mas isso reflete um efeito sazonal após as contratações de fim de ano.
O leitor deve ficar atento ao fato de que o aumento do emprego pelo Caged não quer dizer necessariamente queda do desemprego medido pelo IBGE. O emprego pode aumentar, mas a uma velocidade menor do que o aumento da força de trabalho. Neste caso, a taxa de desemprego, ou seja a proporção da força de trabalho desempregada, ainda aumenta.
No Brasil atual a taxa de desemprego parece cair muito lentamente. Espera-se que reduza um pouco mais a partir de abril, mas ainda deve permanecer em dois dígitos para a média de 2018. Por sua vez, a geração de empregos formais captados pelos dados do Caged deve aumentar. Isso é importante para mudar a tendência recente da elevação de emprego se concentrar no trabalho informal e no setor de conta própria.
Os dados de janeiro trazem algum alívio, mas é cedo para comemorar. Há um longo caminho de ajuste da economia para consertar o estrago que o populismo econômico causou para o país e, em particular, para as milhares de famílias que amargam o drama do desemprego.
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