Dia da mulher: ainda falta muito para fechar o abismo entre gêneros
Não é novidade que a diferença de ganhos no mercado de trabalho entre homens e mulheres é enorme. O desafio é encontrar formas de superar tal problema. O mercado por si só não dá uma solução. Excesso de intervenção governamental é ainda pior.
Em pleno século XXI, a situação é desanimadora em escala global. Segundo relatório do Fórum Econômico Mundial, a disparidade salarial gira em torno de 60% e a igualdade de gêneros no planeta só será possível em 2095.
A situação do Brasil é desalentadora. O país está em 124º lugar entre 142 países, na classificação de igualdade de salários. O Brasil é o penúltimo das Américas, ficando à frente apenas do Chile. As mulheres ganham em média 76% do salário recebido pelos homens, de acordo com a última pesquisa do IBGE.
As mulheres trabalham mais e ganham menos. Trabalham em média, três horas por semana a mais do que os homens, combinando ocupações remuneradas, afazeres domésticos e cuidados de pessoas.
Para a média e alta gerência, as mulheres chegam a receber 32% a menos. Em estudo de 2016 do Fórum Econômico Mundial, analisando a paridade de sexos no mundo, o Brasil ocupa a 79ª posição entre 144 países.
De acordo com estudo da Consultoria Mckinsey, ter mulheres em cargos de liderança aumenta em 21% a chance de uma empresa ter desempenho financeiro acima da média. Mesmo com esta constatação, o mesmo estudo demonstrou que as empresas com maior índice de diversidade apresentam apenas 10% de mulheres no seu corpo executivo. No Brasil este indicador é de 7,7% de acordo com uma pesquisa realizada pela Deloitte em 2017.
Com tanta desigualdade, ainda dá para celebrar o Dia Internacional da Mulher? Claro que sim. Especialmente para debater de forma ampla a melhor maneira de combater o preconceito contra a mulher, bem como toda forma de preconceito, em organizações públicas e privadas.
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