A queda dos juros no Brasil e a alta nos Estados Unidos
O Copom (Comitê de Política Monetária) e o Fomc (Federal Open Market Committee) terminaram nesta quarta-feira suas reuniões de política monetária que decidem sobre a taxa de juros dos países.
No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu a taxa de juros do país, de 6,75% para 6,50%. Em 17 meses, o Copom cortou a taxa Selic em mais da metade, com redução de 7,75 pontos percentuais. A queda da inflação abriu espaço para a redução dos juros que é essencial para a continuidade da recuperação.
A queda é amparada pelo comportamento favorável da inflação nos primeiros meses do ano. Com isso, a taxa Selic chega ao menor patamar da história.
O comunicado deixou praticamente claro mais um corte de 0,25 pontos percentuais na reunião de 16 de maio. Tal sinalização não era esperada, dado que a expectativa era que o Copom anunciasse o fim do ciclo de queda do juro. O que deve gerar um efeito positivo no mercado amanhã.
Como se sabe, infelizmente os juros na conta do tomador, pessoa física ou jurídica, são bem maiores. A pessoa física paga em média 41,1% no crédito pessoal e a pessoa jurídica 22,3%. Mas, a tendência, é que o juro para o tomador siga em queda.
Nos Estados Unidos, continua o ciclo gradual de alta da taxa de juros. Um aumento de 0,25 ponto percentual, para a faixa entre 1,50% e 1,75%.
A dúvida em relação à velocidade da elevação dos juros nos EUA tem causado correção nas bolsas mundo afora. Uma das grandes questões era se a previsão para 2018 mudaria para quatro aumentos da taxa, fato que ainda não aconteceu, e animou os mercados.
Como isso deve afetar seu bolso? A redução dos juros do Brasil ajuda na recuperação da economia, gerando mais produção e emprego. Auxilia também o financiamento ao consumo e ao investimento, embora as taxas para pessoas físicas e jurídicas sejam muito mais altas.
A subida dos juros nos EUA torna mais atraente a aplicação financeira naquele mercado, aumentando a demanda por dólar no mundo. Isso tende a elevar o preço do dólar em relação a outras moedas, como o real. Para a sequência, é uma tendência a um dólar mais caro no mercado brasileiro. Como a alta é gradual, o impacto não deve ser forte, mas vale a pena prestar atenção naquilo que acontece nos EUA e nos tuítes de Donald Trump para não tomar uma bola pelas costas.
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