Mercado tende a reagir positivamente a prisão em operação de alto risco
O mercado reagiu bem à decisão do Supremo de negar habeas corpus preventivo a Lula. A prisão decretada ontem pelo juiz Sérgio Moro, reforçou essa tendência. No entanto, no momento que este artigo é escrito a execução da prisão ainda não foi implementada, aumentando os riscos da atual conjuntura.
Sem o conhecimento da prisão do Lula, oficializada após o fechamento do mercado, o dólar caiu 1% e o Índice Bovespa subiu 1,01%; Após a divulgação da prisão de Lula, o ETF (Exchange Trade Fund), que representa os papéis de maior peso no Ibovespa, negociado após o fechamento do mercado, disparou 2%.
A rapidez com que foi decretada a prisão do Lula suscita possível polêmica jurídica e com certeza ruído político. A inevitável comoção gerada pela prisão de uma liderança popular aumenta a tensão. Criou-se um clima de conflito que pode sair do controle.
A prisão de um ex-presidente é um fato inédito na história brasileira. Porém, não é incomum na experiência internacional. Hoje mesmo foi presa a ex-presidente da Coréia do Sul, por corrupção e tráfico de influência. O ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, está em prisão domiciliar. O vice-presidente do Equador foi condenado a seis anos de prisão.
É preciso não ser contaminado pelo delírio de alguns observadores, como o do correspondente do Washington Post de hoje, dizendo que foi instaurado o caos após a prisão de Lula. A vida prosseguirá normalmente no país com a economia em recuperação. Só uma imperícia ou irresponsabilidade de qualquer um dos lados na histórica execução da prisão de hoje poderia mudar este cenário.
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