Prisão de Lula não muda a economia no curto prazo
A economia está blindada no curto prazo em relação à confusão da política. Isso vale até para a prisão de Lula que compreensivelmente teve enorme impacto no plano político.
A continuidade da recuperação da economia em 2018 está praticamente dada. As condições para uma expansão do PIB ligeiramente superior a 3% neste ano estão garantidas. Isso se deve a quatro fatores principais. Em primeiro lugar, a capacidade ociosa ainda é elevada, algo próximo a 24% na indústria de transformação.
Em segundo lugar, diminuiu o grau de endividamento das empresas e das famílias, permitindo um aumento dos gastos privados.
Em terceiro lugar, a inflação abaixo de 3% ao ano, um recorde de baixa desde a edição do Plano Real, abriu espaço para mais um corte na taxa básica de juros, a Selic.
Por fim, a situação de folga nas contas externas com um volume de reservas internacionais de quase US$ 380 bilhões evita maiores oscilações do dólar. Isso explica porque grandes choques na política em 2018 não repercutem fortemente no preço do dólar e consequentemente na inflação.
Tal estabilidade no curto prazo não deveria nutrir a ilusão de que está tudo bem. Há uma percepção clara de que a economia não vai continuar a crescer se as contas do governo não forem arrumadas. E isso depende do próximo governo. A questão chave, portanto, é saber qual a chance da administração que assumir em 2019 prosseguir no ajuste da economia. O resto é passado.
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