Liquidação do Banco Neon desafia reputação das fintechs
Liquidação de banco sempre chama atenção. Isso pelo efeito dominó diante de possível pânico em relação a outras instituições que também poderiam também estar com problemas. Assim como um prédio que desaba, o banco pode levar ao desmoronamento de outros.
No caso do Banco Neon, há uma peculiaridade da associação natural que se faz entre a fintech Neon e o banco. A fintech se apresentava ao público como "Banco Neon" e o banco comercial liquidado era acionista minoritário dela. A liquidação pelo Banco Central do Banco Neon terá provável impacto sobre a capacidade de expansão e imagem da fintech Neon.
No caso da liquidação do Banco Neon, não há efeito sistêmico. Isso por dois motivos. Em primeiro lugar, trata-se de uma instituição pequena, cujos efeitos de encadeamento são limitados. Ele detém apenas 0,0038% dos ativos do sistema bancário e é autorizado a operar como banco comercial, possuindo apenas uma agência em território brasileiro.
Em segundo lugar, a situação do sistema bancário brasileiro é sólida, não inspirando desconfiança no mercado. Há vários desafios para melhorar o sistema financeiro e reduzir a taxa de juros, mas felizmente a solvência do sistema não é um problema.
Toda liquidação mostra igualmente a importância de um Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Criado na década de noventa, o FGC é uma entidade privada que funciona como mecanismo de proteção aos correntistas, poupadores e investidores. O fundo permite a recuperação dos depósitos ou dos créditos de até R$ 250 mil por correntista em caso de falência, insolvência ou liquidação extrajudicial.
Resta o desafio de uma regulação inteligente e não burocrática que permita a incorporação de novas tecnologias e maior concorrência no mercado, em benefício dos consumidores.
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