Subida do petróleo reforça virada da Petrobras
A Petrobras virou o jogo depois do desastre do petrolão. A empresa divulgou um lucro de R$ 6,9 bilhões no primeiro trimestre. Foi o melhor resultado desde 2013, com alta de 56,5 % na comparação com o mesmo período do ano passado. Após quatro anos seguidos de perdas, um primeiro trimestre lucrativo pode ser celebrado.
Os recursos estão sendo usados para antecipar o pagamento de dívidas. No primeiro trimestre, o endividamento líquido da estatal somou R$ 270,7 bilhões, 3,5% a menos do que nos primeiros três meses de 2017 e 32,7% menor do que o pico de R$ 402,3 bilhões atingido no terceiro trimestre de 2015.
O crescimento do lucro no primeiro trimestre foi determinado primordialmente pelo aumento dos preços internacionais do petróleo, que resultou em maiores margens nas exportações.
Houve também ganhos com a venda dos campos de Lapa, Iara e Carcará (R$ 3,2 bilhões); um maior lucro com vendas combustíveis e derivados; e, por fim, maiores margens e volumes na comercialização de gás natural.
A alta sustentada, aliada à disparada da cotação do dólar, ameaça o bolso dos brasileiros ao pressionar os preços dos combustíveis: a gasolina, por exemplo, está sendo vendida pelas refinarias da Petrobras pelo maior valor desde que a estatal iniciou sua política de reajustes diários.
Nesta segunda, a Petrobras anunciou aumento de 7,1% no preço do gás de cozinha vendido em grandes vasilhames e a granel, mais consumidos por indústria e comércio. Foi o segundo aumento seguido. Em abril, a alta foi de 4,7%. E isso fará com que a arrecadação aumente ainda mais.
Desde julho de 2017, quando a estatal colocou em prática a atual política de reajustes de combustíveis, a gasolina já ficou 38,4% mais cara. O preço dos combustíveis no Brasil acompanha o mercado internacional de petróleo. Bom para os acionistas da Petrobras; salgado para os consumidores. Valerá a pena se o recente ciclo de alta do petróleo facilitar melhoras na governança na estatal de forma a evitar novos petrolões.
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