Desemprego deixa sequelas
27,7 milhões de brasileiros estão, de uma forma ou de outra, marginalizados do mercado de trabalho. A taxa de subutilização vem crescendo desde 2015. A modesta recuperação da economia ainda não conseguiu reverter esse quadro.
A taxa de subutilização do trabalho chegou a 24,7% no primeiro trimestre de 2018, a maior da série histórica da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios – Contínua (PNAD), iniciada em 2012. O contingente de subutilizados também é o maior já registrado pela pesquisa.
Um primeiro grupo são os 13,7 milhões de desempregados que estão ativamente procurando emprego sem sucesso nos últimos 30 dias.
Um segundo grupo é formado pelos 6,2 milhões de subocupados: pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana, mas gostariam de trabalhar por um período mais longo.
Um terceiro grupo inclui os 4,6 milhões de desalentados que desistiram de procurar emprego, presumivelmente pela escassez de oportunidades de trabalho.
Finalmente uma última categoria é formada por aqueles que o IBGE denomina de força de trabalho potencial, composta por pessoas que, por algum motivo, não tem condições de se engajar em um processo . É o caso, por exemplo, de uma mãe que não tem com quem deixar sua criança durante a jornada de trabalho.
O desemprego tem demorado a cair, apesar da retomada da economia. Os dados do IBGE divulgados na última sexta-feira aumentaram a aflição com o maior drama da economia. O desemprego atingiu 13,1% no trimestre encerrado em março de 2018, correspondente a 13,7 milhões de pessoas desocupadas.
O drama do desemprego vai muito além das taxas elevadas de desocupação. O longo período durante o qual o desempregado fica fora do mundo do trabalho, diminui sua empregabilidade e a chance de encontrar emprego. Segundo o IBGE, 3 milhões de brasileiros procuram emprego há mais de dois anos. Nesse sentido, as crises geram sequelas, dilapidando capital humano tão necessário ao desenvolvimento do país.
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