Greve dos caminhoneiros e falta de chuva geraram barriga inflacionária
Greve dos caminhoneiros e falta de chuva provocaram uma barriga inflacionária. Ganhar barriga é fácil. O duro é se livrar dela.
A prévia da inflação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou a maior elevação em mês de junho em 23 anos. O indicador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cresceu 1,11% contra 1,23% em junho de 1995.
A inflação foi pressionada por três grupos: alimentação, transportes e habitação. Já se previa alta no indicador dos dois primeiros como resultado da paralisação dos caminheiros em maio, mas o número veio acima do esperado. No caso do terceiro grupo, refletiu o acionamento da bandeira vermelha nível 2 nas contas de energia elétrica em função da queda do nível dos reservatórios.
A expectativa é que parte de tal alta seja revertida nos próximos meses, com a regularização da oferta de produtos, especialmente os alimentos in natura que foram prejudicados pela paralisação.
A energia elétrica foi o item que mais impactou a alta do grupo de Habitação (5,44%) A conta de luz representou o segundo maior impacto individual no IPCA-15 de junho. Além da vigência, a partir de 1º de junho, da bandeira tarifária vermelha nível 2, adicionando a cobrança de R$0,05 a cada kwh consumido, foram aplicados reajustes nas tarifas de diversas regiões metropolitanas do Brasil.
A inflação ainda pode ser considerada bem comportada porque a atividade econômica está fraca. Mas não se deve esquecer que o Brasil tem uma excelente memória inflacionária. Choques inflacionários tendem a gerar efeitos mais duradouros em função da indexação de preços e contratos. Além disso, o rombo nas contas públicas sem a reforma da previdência causa apreensão em relação ao futuro. Será preciso muita ginástica para se livrar em bases permanentes desta barriga.
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