Como esperado, Copom mantém taxa de juros
A manutenção da taxa de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) já era esperada. A previsão para a política monetária até o final do governo Temer é administrar o jogo e passar o bastão para o próximo governo com a inflação dentro da meta e juros baixos para os padrões brasileiros.
Aliás, o próximo presidente receberá um carro em condições aparentemente boas, lustrado e com o motor lavado. Inflação e juros estão baixos para padrões históricos nacionais.
Depois do choque do desabastecimento com a greve dos caminhoneiros, os índices de inflação subiram, mas começaram a ceder, como mostrou o resultado do IGP-M de julho (0,51%) e o IPCA-15 (0,64%).
No cenário externo, o Comitê de Política Monetária do Federal Reserve (Fomc) também manteve a taxa de juros como estava, na faixa de 1,75-2% ao ano (que inveja!). No comunicado da decisão, o Fomc afirmou que espera manter o gradualismo na elevação de juros.
No cenário doméstico, o desemprego está alto, mas caindo lentamente, conforme mostram os dados do IBGE divulgados ontem. O índice de desemprego atingiu 12,4% no trimestre encerrado em junho de 2018, equivalente a 13 milhões de desempregados. A expectativa é de recuperação do emprego ao longo de 2018, mas em ritmo lento. Quando os eleitores forem às urnas em outubro, a taxa de desemprego ainda estará em dois dígitos.
Hoje também saíram os dados da balança comercial, registrando superávit de US$ 4,2 bilhões no mês e US$ 58,7 bilhões nos últimos 12 meses. As contas externas vão bem, obrigado, com reservas internacionais próximas a US$ 400 bilhões e o ingresso de investimento direto estrangeiro superando em mais de quatro vezes o déficit em transações correntes com o resto do mundo.
Moral da história: apesar do rombo nas contas fiscais continuar aberto, o próximo governo receberá uma economia administrável, pelo menos no curtíssimo prazo. No médio prazo, a bomba-relógio da previdência pode destruir qualquer pretensão de crescimento.
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