Sai efeito Bolsonaro, entra efeito Haddad
Bolsonaro lidera as pesquisas, mas deixou de ser favorito para ganhar as eleições. A explicação é simples. Com exceção de Marina, que hoje não teria chance de chegar ao segundo turno, Bolsonaro perde para os demais rivais: Haddad, Ciro e Alckmin.
Parece estranho? Não deveria.
O São Paulo lidera o campeonato brasileiro há sete rodadas, mas não é o favorito (infelizmente) para levar o título nacional deste ano. Segundo o site "Chance de Gol", o tricolor paulista tem cerca de 14% de probabilidade de vencer o campeonato, contra 35% do vice-líder Palmeiras.
O número de pontos acumulados em um campeonato de futebol ou o percentual de intenções de voto em um candidato informam menos do que a probabilidade de vitória de um time ou de um candidato.
O professor Sergio Wechsler, do Instituto de Matemática e Estatística da USP, calculou com exclusividade para a GO Associados as seguintes probabilidades, a partir dos resultados da última pesquisa Ibope para as eleições presidenciais.
Se a eleição fosse realizada hoje, Haddad teria nada menos do que 99,4% de chance de suceder Michel Temer, contra apenas chances irrisórias de Bolsonaro. O que mudou? O fato de Haddad passar a vencer Bolsonaro no segundo turno com relativa facilidade.
É claro que essa avaliação revela um determinado momento da campanha. Ações estratégicas das campanhas podem alterar o quadro. Ou eventos inesperados, como o trágico atentado contra Bolsonaro no passado recente.
A reação do mercado financeiro aos últimos resultados deveria ser negativa, especialmente em dia de crise argentina. Houve sinais de queda da Bolsa e elevação do dólar, mas foram passageiros. Com a ajuda do preço das commodities, o mercado parece se acostumar às súbitas mudanças nos ventos da política.
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