Desemprego só cai se recuperação não for "voo da galinha"
A boa notícia é que a taxa de desemprego continua caindo. A má notícia é que seu nível ainda está muito elevado e dificilmente chegará a um dígito antes de 2020.
A taxa apurada pelo IBGE ((Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) recuou de 11,9% no terceiro trimestre de 2018 para 11,6% no quarto trimestre, atingindo 12,2 milhões de desempregados. Terminou 2018 com 6,1 milhões de desocupados a mais que em 2014, ou 12,8 milhões de pessoas na média do ano.
Estes números ainda subestimam o problema ao não incorporar aqueles que desistiram de procurar emprego chamados de desalentados. E aqueles que gostariam de trabalhar mais horas, mas não conseguem. Somadas todas as categorias subocupadas, chega-se a um número aproximado de 27 milhões de pessoas!
2018 foi o primeiro ano em que a taxa média de desemprego caiu desde 2014, refletindo a recuperação da economia. Mas o mercado de trabalho demora para se ajustar. Em 2014, a economia já ia mal e a taxa de desemprego esteve abaixo de 5%.
Em 2018, com a economia em recuperação, a taxa de desemprego foi elevada, em 12,3%. Este indicador só deverá voltar para um dígito em 2020.
Um reaquecimento da geração de postos de trabalho, e consequente queda mais rápida do desemprego, dependerá da atual recuperação se tornar uma retomada mais consistente do crescimento com aumento do investimento.
As empresas precisam estar seguras de que a retomada não consiste apenas em um voo da galinha para voltar a oferecer oportunidades aos milhares de brasileiros que a cada ano entram no mercado de trabalho. Para que isso ocorra é necessário que o congresso que inicia uma nova legislatura faça menos politicagem e fisiologia e aprove as reformas que o país precisa.
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